A cobrança de estacionamento na Praia das Conchas,em Cabo Frio, vem causando muita polêmica neste verão. O secretário de Meio Ambiente de Cabo Frio, Jailton Dias Nogueira, registrou DIA 8 queixa na 126ª DP contra vândalos que atearam fogo na cabine construída no mês passado para ordenar o estacionamento de veículos no local.
A cabine foi construída para ser a base dos agentes do município, da PM e do Inea, que controlam o acesso à praia. O ordenamento limitou em 600 o número de carros estacionados numa área próxima à praia. Segundo a prefeitura, até o ano passado o estacionamento era controlado por flanelinhas que chegaram a colocar até dois mil carros no local.
Para isso, destruíram a vegetação de restinga e resistiram ao ordenamento da área de preservação. “Não recuaremos diante do vandalismo e da vontade de uns poucos bandidos que querem extorquir turistas e moradores, destruindo nosso meio ambiente. Cabo Frio não é mais terra de ninguém”, disse Jailton.
Com o objetivo de ordenar o estacionamento no local e coibir a desordem, a Prefeitura de Cabo Frio cobra R$ 3 para os carros com placa do município e R$ 10 para os oriundos de outras cidades e estados. A determinação desagradou turistas e donos de quiosques do local.
A ação começou em 9 de janeiro.
A Praia das Conchas faz parte do Parque Estadual da Costa do Sol. Agora, há placas indicativas, sinalização e, antes de chegar à orla, cancelas servem para que os guardas municipais orientem os visitantes.
Quem estacionar em local proibido pode ter o veículo rebocado. Segundo a prefeitura, o local tem capacidade para cerca de 600 carros e, por conta disso, foi detectado que grupos de flanelinhas estavam brigando para tomar conta do estacionamento.
“Alguns cobravam mais de R$ 20 por carro, dependendo do dia da semana. A prefeitura ordenou a Praia das Conchas, a visitação adequada, a harmonia do local, e parou o distúrbio”, reforçou Jailton Nogueira Junior.
Presidente da Associação de Comerciantes e Amigos da Praia das Conchas, Ernani Gomes da Silveira concorda com o ordenamento, mas reclama que a cobrança do estacionamento afetou o lucro dos quiosques da praia: “O lucro dos quiosques caiu 50% por causa disso”.
Fonte: O Dia (RJ), 9 de fevereiro de 2015