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*Carlo Lovatelli

Até meados do século passado não esperava das empresas mais do que cumprir suas obrigações básicas: fabricar bons e confiáveis produtos, prestar bons serviços a preços justos, pagar salários compatíveis para os funcionários, e cumprir suas obrigações fiscais. As empresas eram ilhas impessoais, estanques da sociedade.
 
Felizmente, as coisas mudaram muito. Agora, além de cumprir com suas obrigações legais, as empresas estão saindo de seus casulos e arregaçando as mangas a fim de colaborar para uma vida melhor de toda a sociedade.
 
De fato, não importa se pressionadas por uma nova visão do consumidor – exigente não só em relação à qualidade e ao preço do produto mas também à participação das empresas no desenvolvimento da sociedade e na preservação do meio ambiente –ou se despertadas para a realidade do mundo que as cerca, assumiram sua parcela de responsabilidade para fazer diferença no seu tempo/espaço.
 
Foi o que se denominou de responsabilidade social. Que em última análise, nasa mais é do que não assistir impassível à avalanche de desafios existentes em nosso país. É não dar de ombros para questões que ultrapassam os muros das empresas e os limites da cadeia de negócios, como as diferenças sociais, a qualidade da educação e da saúde, o respeito à diversidade, a preservação do meio ambiente.
 
A última edição da Pesquisa Ação Social das Empresas, realizado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), divulgada no primeiro semestre deste ano, mostra que, entre 2000 e 2004, houve crescimento significativo na proporção de empresas privadas brasileiras que realizam ações sociais.
 
Neste período, a participação empresarial na área social aumentou 10 pontos percentuais – de 59% para 69%. São cerca de 600 mil empresas que atuam voluntariamente, Somente em 2004, elas aplicaram normas ISSO. Os programas sociais atingem seus objetivos quando apostam nas potencialidades dos beneficiários e não em suas carências, no desenvolvimento contínuo das pessoas e não em puras doações financeiras ou em investimentos de infra-estrutura.
 
A grande diferença é a valorização do ser humano como agente de mudança, protagonistas das transformações que tanto buscamos.
 
A solução de parte dos desafios que enfrentamos nas áreas social e ambiental também passam por transformação de postura individual.
 
Essas mudanças só chegarão na velocidade que almejamos quando tivermos consciência de nosso papel na sociedade, seja como indivíduo, membro de um grupo ou responsável por conglomerados econômicos.
 
No entanto, por melhores e mais eficientes que sejam os resultados das ações de responsabilidade social, a maioria das empresas brasileiras, ao primeiro sinal de crise, diminui a ênfase de sua atuação social. Justamente quando os desafios sociais tendem a crescer e a se agravar.
 
É preciso mudar essa postura, pois são justamente os momentos difíceis os mais propícios para a empresa consolidar sua atuação social, usando seu poder de articulação para chamar a sociedade e governo para o diálogo, com ações concretas, agregando valos à sua imagem corporativa.
 
* Carlos Lovatelli é vice-presidente da Fundação Bunge
 
Fonte: O Estado de São Paulo, 05 de janeiro de 2007

Categoria: Fique por Dentro


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