O texto a seguir é o trecho do Jornal da Cultura, que foi ao ar no dia 23 de outubro, e fala da crise econômica nos diversos setores e cita os reflexos nos estabelecimentos. Para ver o programa na íntegra, acesse
https://www.youtube.com/watch?v=owb-fWTfNGU
A crise econômica, o dinheiro curto mudaram os hábitos dos motoristas. Encher o tanque virou raridade. E o uso de estacionamentos tem uma queda acentuada. É o reflexo das ruas com menos carros circulando.
Um posto de combustíveis na Zona Oeste de São Paulo registrou 15% de queda nas vendas nos últimos três meses. Por aqui é comum ver os frentistas parados. “Os clientes que costumavam abastecer e completar o tanque agora estão utilizando o da semana, são 20, 30, 50 reais”, diz Leandro Guerra, gerente do posto. O principal vilão desta história é a gasolina. Segundo o sindicato dos distribuidores, as vendas caíram quase 8% (7,8%) em todo o País entre janeiro e setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. O preço alto da gasolina assusta os clientes.
Outro setor que depende dos carros e que sofre com a crise são os estacionamentos. Em São Paulo, o Sindepark, sindicato que representa mais de 5 mil estabelecimentos, afirma que desde janeiro o movimento caiu 30%. O funcionário público Ronaldo Tadeu Cordeiro sempre deixava o carro nos estacionamentos por considerar mais seguro, mas a vaga que cabe no bolso agora fica na rua. “Por esse lado aqui é caro. Venho pegar minha esposa e 10, 15 reais a hora é muito dinheiro.”
Os estacionamentos dos shoppings deixaram de ter brigas por vagas. Em setembro, segundo o Ibope, foram 5,4 milhões de visitas a menos do que no mês anterior. E as vendas recuaram 1,7% neste período. “Por mais que exista fluxo bom nos shoppings, as pessoas passeiam, olham vitrines, mas ficam arredias às compras”, afirma Luiz Ildefonso da Silva, diretor da Allshop.
Fonte: Jornal da Cultura, 23 de outubro de 2015