Em Goiânia, a Advocacia Geral da União entrou com uma ação civil pública, em que pede o cancelamento de três contas no Twitter, que publicavam informações sobre locais de blitz com teste do bafômetro e radares móveis.
O juiz, que está analisando o pedido, aguarda um parecer do Ministério Público Federal para tomar a decisão.
O assunto é polêmico. O presidente da OAB estadual, por exemplo, considera a proibição um ato de censura. "Eu acho que é impedir as pessoas de exercerem o seu direito de opinião, a sua liberdade de expressão. As pessoas que participam do site têm o direito de trocar esse tipo de informação. Da mesma forma o site, se entender que deve publicar, pode publicar", defende o presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio.
No entender da Advocacia Geral da União, a divulgação dos locais representa risco para a Segurança Pública. "As blitz policiais servem não só para combater a embriaguez ao volante, mas sequestro de pessoas, tráfico de drogas, porte ilegal de armas. Enfim, ela serve para proteger a vida do cidadão, que é o direito mais fundamental de todos", declarou Luis Fernando Teixeira Canedo, advogado da União.
A discussão, claro, foi parar nas ruas, entre os motoristas.
"No meu ponto de vista, isso é uma tamanha malandragem. Blitz já é justamente para evitar problema. Se alguém avisa, está eliminando a blitz", disse um motorista.
"Eu acho que isso não é legal, porque você acaba atrapalhando o serviço da polícia", afirmou uma motorista.
"Por um lado é interessante, mas quem anda certinho não precisa ser informado onde tem blitz. Tem que fazer a coisa certa", comentou outra motorista.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 9 de fevereiro de 2012