Segundo a Infraero, estatal que administra os aeroportos federais, o sistema a ser aplicado no estacionamento será similar ao dos transelevadores usados em alguns terminais de carga. Estruturas modulares automatizadas, de até seis andares cada uma, vão armazenar os veículos. Sem interferência humana, o trabalho de estacionar será feito com auxílio de plataformas móveis. Conforme o edital da licitação, o usuário colocará o carro sobre uma rampa, que se movimentará guardando o veículo dentro do prédio. Na saída, o motorista inserirá o tíquete na máquina e o sistema tirará o carro da vaga. O sistema terá de prever que, a partir do momento em que for dada a ordem para a retirada, o veículo deve ser entregue ao motorista em no máximo três minutos.
A tecnologia deve ampliar o número de vagas das atuais 2.948 para 10 mil em três anos a partir da assinatura do contrato. No primeiro ano serão no mínimo 2.052 novas vagas, atingindo 5.000. No segundo ano, mais 2.000. No terceiro, as 3.000 restantes. A estatal afirma que não haverá aumento no preço do estacionamento e que o valor aplicado seguirá o preço de mercado. A empresa que vencer a licitação terá de pagar ao menos R$ 1,98 milhão por mês à Infraero pela operação do sistema. A previsão é de que projetos no mesmo molde sejam realizados nos aeroportos de Brasília, Porto Alegre e no Santos Dumont, no Rio. Também há estudos para Viracopos (Campinas) e Salvador.
Fonte: Folha de S. Paulo, 21 de fevereiro de 2011