Num país com 275,8 mil Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos, que empregam mais de 1,5 milhão de pessoas, está cada vez mais difícil para o Terceiro Setor captar recursos. Nos últimos 17 anos, houve um boom dessas instituições, o que divide o empresariado na escolha da causa. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) e Gife (Grupo de Institutos, Fundação e Empresas), 62% das instituições que existem hoje foram criadas a partir de 1990 e a cada década o ritmo de crescimento é acelerado.
Para Tammy Allersdorfer, gerente de desenvolvimento institucional do GRAAC, o mercado está muito mais participativo com as doações, apesar da quantidade de instituições. "A consciência do empresariado, assim como a da sociedade, aumentou. Acredito que o maior impacto e garantia para se ter uma boa captação de recursos é a transparência e a credibilidade. Hoje, as empresas parceiras exigem um nível de controle e resultado da instituição. Não existe mais o conceito de caridade, mas sim de investimento social e qual resultado isso pode trazer para a empresa, instituição e sociedade", afirma Tammy.
Os modelos mais utilizados para a captação de recursos são as parcerias com o setor privado. Além do McDonalds, o GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer) tem como parceiros o restaurante Outback, Café do Ponto e o SINDEPARK, com o qual realiza a campanha Manobra da Alegria, entre outros. O grupo conseguiu chegar num patamar em que os financiadores o procuram. Com o setor privado, a instituição também realiza eventos, jantares e corridas oficiais para arrecadação de recursos.
Fonte: Revista Fornecedores Hospitalares (SP), setembro de 2007
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