Já que neste ano o cronograma de lançamentos das montadoras foi afetado pela pandemia do novo coronavírus, a BMW já confirmou ao menos uma estreia para 2022 (ou o início da produção). Trata-se do i Hydrogen Next, versão do X5 elétrica abastecida por hidrogênio, tecnologia desenvolvida em parceria com a Toyota (que já tem um modelo desse segmento, o Mirai).
O funcionamento é relativamente simples: ao invés de obter energia elétrica em um pacote de baterias (como um carro elétrico convencional), o i Hydrogen Next gera sua própria eletricidade por meio de uma reação química entre o hidrogênio armazenado e o oxigênio do ar, usando a célula a combustível. Como resultado, apenas vapor d’água é emitido pelo veículo.
Oferecido em edição limitada, o SUV foi revelado em forma de conceito no Salão de Frankfurt do ano passado. O modelo será equipado com dois motores movidos a hidrogênio (um em cada eixo) que entregarão 369 cv. A vantagem sobre os elétricos? Leva somente de 3 a 4 minutos para encher o tanque.
“Uma opção que utiliza a tecnologia de células a combustível de hidrogênio chegará ao mercado no início da segunda metade da década pelas mãos do Grupo BMW, dependendo das condições e requisitos do mercado global”, afirmou a empresa em comunicado.
Isso significa que X6 e X7 seriam fortes candidatos a receberem uma versão desse segmento, mas isso apenas no final da década. E por que esperar tanto quando a tecnologia já está pronta? Para esperar que o hidrogênio seja produzido em quantidades suficientes para poder ser oferecido com preços competitivos.
As empresas também precisam superar o desafio econômico — esses carros elétricos têm custo elevado por causa da célula de combustível — e a dificuldade com o abastecimento. Por ser altalmente inflamável, o hidrogênio requer mais cuidados em postos de combustível.
Por fim há a questão ambiental. Ainda que seja possível extrair o hidrogênio da água, o método comercial mais usado é a obtenção do combustível a partir do gás natural, um combustível fóssil.
Apesar disso, a marca informou que sua família de veículos eletrificados vai crescer até 2023 com 25 modelos diferentes, sendo que pelo menos 12 deles serão equipados com motor alimentados com baterias de células a combustíveis.
Fonte: revista Autoesporte, 30/03/2020
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