Quando o governo do Estado sancionou no começo de fevereiro a lei que proíbe donos de estacionamentos particulares de cobrar pela hora cheia e oferecer opções de fracionamento a cada período de 15 minutos, a Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) de Rio Preto sinalizou que poderia se inspirar e estender a iniciativa aos setores da Área Azul.
Cogitou estudar o fracionamento de pelo menos 30 minutos. Atualmente, o sistema de estacionamento rotativo nas vias públicas de Rio Preto não oferece alternativa. O motorista que pretende estacionar nos locais de abrangência da Área Azul tem de adquirir um bilhete pelo preço de R$ 3, mesmo que não precise ficar todo o tempo ocupando aquele espaço.
Do jeito que funciona hoje, a Área Azul deixa de cumprir a sua principal razão de existência, que é proporcionar rotatividade de veículos nas vagas delimitadas. O motorista que pretende estacionar apenas alguns minutos acaba ficando à vontade para ocupar a vaga por mais tempo, impedindo que outro veículo possa fazer uso do mesmo espaço e permaneça rodando em busca de lugar para estacionar. Resultado: mais estresse, mais poluição visual, mais poluição sonora, mais danos ambientais.
Discutir esse tema é fundamental para ajudar a controlar melhor o fluxo de tráfego na região central de Rio Preto, mas acima de tudo é demonstrar respeito ao direito do cidadão de pagar só pelo tanto que usa.
Fonte: Diário da Região - São José do Rio Preto – 2 de março de 2016