Flanelinhas seguem agindo de maneira informal, sem o mínimo receio, nas principais vias de São Gonçalo. O problema, que é recorrente, intimida muitos motoristas que precisam estacionar o carro na rua. Os guardadores não fazem questão de esconder a ação, afinal, não há fiscalização da Guarda Municipal. Os mais ousados utilizam coletes, como se fosse uma prática legalizada, o que acaba confundindo muitos motoristas. Na Av. Presidente Kennedy a “festa” é liberada.
Nas horas mais movimentadas do dia, a ação dos flanelinhas é vista em uma das principais ruas do centro do município. Essa via abriga a 3ª Inspetoria da Guarda Municipal, fato que não intimida os guardadores. Muitos carros são vistos parados na calçada e nos canteiros, impedindo a passagem dos pedestres. Os motoristas se sentem coagidos com a cobrança e acabam pagando o valor de R$ 5, com o receio de terem o veículo depredado pelos flanelinhas como forma de retaliação.
Existe uma organização entre eles e muitos motoristas não têm outra alternativa e se rendem à cobrança dos guardadores. A Guarda Municipal informou que a atuação do flanelinha deve ser investigada pela Polícia Civil, pois configura-se exercício ilegal de profissão.
Legislação - Em agosto do ano passado, o prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci, assinou decreto regulamentando o sistema de estacionamento rotativo na cidade. A medida pretendia ser uma solução para os motoristas que ficam reféns dos flanelinhas, já que existem poucas vagas regulares em São Gonçalo. O sistema seria instalado em pelo menos 130 ruas dos principais bairros da cidade. A ideia é que o valor da tarifa fique em torno de R$ 2 e R$ 2,50 por hora ou fração, de segunda a sexta, das 7h às 19h, e no sábado, das 8h às 14h. Conforme anunciado na época, a empresa vencedora da licitação terá um contrato de concessão por 10 anos.
Fonte: O Fluminense - Niterói - 03/11/2019