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Retomada de atividades deve ser progressiva

 

Por Jorge Hori* - Neste final de semana, emergiram notícias muito promissoras em relação ao combate ao coronavírus, embaçadas pela disputa política.
O presidente Bolsonaro defende o uso geral da cloroquina, para o tratamento da COVID-19, com base na posição adotada por Donald Trump e em alguns testes, ainda sem chancela científica. Essa posição gera forte oposição da classe médica e científica e levou a grave ruptura política do governador de Goiás, tradicional aliado, o dr. Ronaldo Caiado.
Isso comprometeu o uso do medicamento pela chancela política: virou o "remédio de Trump e de Bolsonaro". Trump, diante da aceleração das mortes, mudou a prioridade, enfatizando o uso dos equipamentos de tratamento, gerando um novo problema mundial.
Bolsonaro insiste, contrariando Mandetta que, com suporte da classe médica e científica, com apoio da mídia, admite o uso do medicamento apenas nos casos graves ou avançados para evitar o colapso na demanda das UTIs.
A Prevent Senior, um plano de saúde dedicado aos idosos, concentrando em São Paulo o número de óbitos (como reflexo nas estatísticas nacionais), passou a utilizar o medicamento, assim que o paciente é internado. Não só nos casos graves. Com bons resultados, conseguindo reduzir o número de óbitos. O Hospital Albert Einstein e a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo passaram a adotar o mesmo procedimento, com resultados promissores. Os quais ainda não estão sendo divulgados, pelos números insuficientes para comprovação científica.
Do ponto de vista das estatísticas sanitárias, que é o que chama a atenção da população, haverá uma redução importante dos óbitos em São Paulo, o que já estaria ocorrendo desde domingo.
Se esses dados se tornarem consistentes ao longo da semana, haverá uma grande mudança nas políticas preventivas, com uma progressiva redução das medidas restritivas de circulação de pessoas. A partir da segunda quinzena de abril, muitas atividades voltarão a funcionar, ainda que com algumas restrições.
Os estacionamentos devem se preparar para uma retomada, dentro do cenário otimista.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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