A grande diferença, segundo o levantamento, é que a maior parte das motos que circulam no Brasil não está nas grandes cidades: 76% delas ficam nos municípios com populações pequenas ou médias. Entre os carros, 44% da frota está nas 12 regiões metropolitanas avaliadas.
Com o aumento da proporção de motos nas pequenas e médias cidades, cresce a concentração de mortes com esse tipo de veículo. Segundo o Ministério da Saúde, 65 mil pessoas morreram em acidentes de moto na década passada - e os maiores índices de casos por habitante estão nas pequenas cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Entretanto, São Paulo, que teve aumento de 260% do número de motos e responde pela maior frota do País, com 1,4 milhão de veículos, registrou só no ano passado crescimento de 7,1% nas mortes de motociclistas - foram 512 ocorrências registradas na capital paulista.
Em Belém, parte do crescimento da frota de motos pode ser explicada pelo uso desses veículos para o transporte de passageiros. Mas, na avaliação do coordenador da Unidade Central de Planejamento do Departamento de Trânsito (Detran) do Pará, Carlos Valente, isso acabou revelando um problema: muitos mototaxistas trabalham sem habilitação e com o veículo irregular.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 2 de outubro de 2012