O objetivo é reduzir o tempo que os pedestres gastam andando rua, diminuindo, assim, os riscos de atropelamento. A solução vem sendo adotada em 25 pontos da capital. "Além disso, diminuindo o tempo de travessia do pedestre, ganha-se tempo no semáforo. Também acaba sendo facilitada a visibilidade de quem está a pé pelos motoristas", diz José Eduardo Canhadas, gerente de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Isso porque os pedestres avançam um pouco mais no campo de visão dos condutores sem precisar sair da calçada.
Segundo Eduardo José Daros, presidente da Associação Brasileira de Pedestres (Abraspe), esse afunilamento contribui para que veículos à direita - principalmente peruas, furgões e veículos maiores - deixem de atrapalhar a visão dos motoristas dos carros ao lado, que muitas vezes ficam impossibilitados de enxergar as pessoas na faixa, e vice-versa.
Velocidade
Outro aspecto positivo, segundo Daros, é que o afunilamento dos puxadinhos vai obrigar que os veículos reduzam a velocidade ao se aproximar da travessia. O especialista pondera, no entanto, que as esquinas podem não ser os locais mais apropriados para os avanços de calçada. "Ali é o lugar onde o carro quer entrar direto e rápido, para não entupir o trânsito atrás. O motorista não quer ficar esperando o pedestre." Por causa disso, ele suspeita que, em certos casos, possa haver "conflitos" entre os motoristas e quem está a pé.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de outubro de 2012