Os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, iniciaram nesta segunda-feira (6) a cobrança de vagas nos cinco bolsões de estacionamento. Os carros pagam R$ 5,00 por até duas horas de estacionamento. Até 12 horas, o valor é de R$ 10,00. As motos pagam R$ 2,50 por até duas horas e a cobrança de ônibus, pelo mesmo período, é de R$ 20,00.
Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a medida foi tomada para gerar receita aos parques, aumentar a segurança e melhorar o atendimento aos frequentadores.
Os preços cobrados serão semelhantes aos da Zona Azul. O serviço será monitorado 24 horas.
A Secretaria do Meio Ambiente informou que os frequentadores foram avisados no último fim de semana sobre o início da cobrança com a distribuição de folhetos.
Mas a tabela com os preços do estacionamento é bem pequena e está presa a um cavalete. Nem todos os usuários repararam nela nesta segunda-feira.
A terapeuta Renata Amaral reclama: “Eu achei surpreendente porque não avisaram nada. Eu vim aqui sexta-feira e não tinha nada. De repente, hoje está aí cobrando”.
O engenheiro Oscar Bombonati Filho viu a tabela e desistiu de estacionar o carro dentro do parque. “Estacionamento pago em um lugar público, como o parque, é ridículo. Realmente não concordo e parei fora. E outra coisa: R$ 5,00 por duas horas é pegadinha. Acima disso, custa R$10,00. Quer dizer, você vai pagar R$ 10,00. Duas horas é tão pouco”, reclama.
A aposentada Helenice Neves frequenta o parque diariamente: “Isso é um parque público. A gente paga tudo nessa cidade. Não tem condição, né? Vou deixar na rua, se possível. Senão vou embora”.
Mas há também quem concorde com a cobrança: “Se for benéfico, se trouxer benefícios para o parque, manutenção e segurança, tanto para as pessoas como para os automóveis”, diz João.
Alguns frequentadores lembraram que, apesar de ser um espaço amplo e bom, há reparos que precisam ser feitos, como os bebedouros que estão sem pressão.
E há também aqueles que dizem que vão pagar pra ver: “Só o tempo vai falar se o parque está bem cuidado, se as bicicletas não são roubadas, entendeu? Então, vamos ver pra onde vai esse dinheiro”, diz outro frequentador.
Fonte: G1, 06/02/2017