Depósito cheio, guardas municipais prontos para dar cartão vermelho e motoristas revoltados. Depois que a prefeitura trocou a abordagem “educativa” pela aplicação de multas, a polêmica se instalou nas ruas de São Gonçalo. O processo começou há cerca de três meses, e, hoje, são aplicadas 300 multas por dia.
O principal motivo é o estacionamento irregular, e os motoristas que não recebem a multa pessoalmente só reencontram o veículo no depósito. “É um absurdo. Não tem placa proibindo. A gente para aqui há anos e nunca houve nada. Agora aparecem com reboque?”, reclama Daniele Porto, professora de uma escola de inglês na Rua Coronel Serrado, no Zé Garoto. No local não há placa informando da proibição de estacionamento.
Como toda a região central, além de escolas, há escritórios e lojas. Pouca gente está gostando das operações. “Se fosse para ordenar, teriam posto placas. Meu medo é o movimento cair ainda mais”, reclama um comerciante, que pediu para não ser identificado. Os agentes estão atentos a tudo: carro de idoso em vaga para pessoas com deficiência, estacionado em via principal mesmo sem placa proibindo, e até em ruas menores, como a Rua Floriano Lima, onde o estatístico Sérgio Alvarez teve o veículo rebocado.
“Era o último refúgio no Centro. Acontece que não há vagas na cidade. Agora, vou gastar R$ 300 para pegar o veículo”, reclama. Para liberar o carro no depósito da TransGuard, na Estrela do Norte, o proprietário precisa estar em dia e pagar as taxas de reboque, depósito e multa.
Fonte: Extra - 13/07/2017