Flanelinhas estão dominando as vagas de Zona Azul em regiões da capital com grande movimentação de pessoas no fim do ano. O Vigilante Agora percorreu 11 locais que recebem muita gente nesta época do ano com o objetivo de ver a situação das vagas para veículos tanto em estacionamentos públicos quanto nas ruas. Na maioria dos locais, é raro achar uma vaga.
A exceção é o parque lbirapuera, em frente à árvore natalina montada pela prefeitura, onde a reportagem viu pelo menos 750 vagas de Zona Azul livres.
Apesar da falta de vagas, o principal problema encontrado pelo Vigilante Agora foi o controle dos flanelinhas sobre os poucos espaços existentes para parar os veículos, incluindo as áreas de Zona Azul. Eles vigiam e guardam as vagas. Com a falta de fiscalização, abordam tranquilamente os motoristas e vendem as folhas de Zona Azul por um valor mais alto do que o preço estipulado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
R$ 15 por folha O preço oficial é de R$ 5 por uma hora de estacionamento. Mas a reportagem chegou a flagrar cobrança de R$ 15 pela folha, na rua da Cantareira, na região do Mercado Municipal. No local, os flanelinhas não se intimidam nem com a presença da Polícia Militar. A reportagem encostou em uma das vagas e, quando foi abordada pelo flanelinha, falou que não iria pagar R$ 15 pelo cartão. O homem insistiu.
"Tenho só uma vaga, é só parar. lá na frente (da avenida) você vai achar por R$ 10, mas vai ser multado." O Vigilante então questionou se ao parar na vaga que ele estava oferecendo não corria o risco de ser autuado pela CET. O flanelinha garantiu que não. "Aqui é tranquilo, a gente fica de olho", disse o flanelinha, antes de a reportagem ir embora.
Fonte: Agora São Paulo, 7 de dezembro de 2015