Com o crescimento do número de carros em Belém, encontrar uma vaga para estacionar é praticamente um exercício de paciência e resistência dos motoristas. Conseguir um lugar para deixar o carro obriga os condutores a dar várias voltas no quarteirão ou pagar caro para os donos de estacionamentos privados que, por hora/fração, chegam a cobrar até R$ 10. Em algumas vias da cidade, a dificuldade fica ainda maior. No centro comercial, por exemplo, como existem vários órgãos públicos e lojas, o proprietário tem de fazer malabarismo para deixar o carro seguro.
Na Cidade Velha, há muitos estacionamentos privados. Locais que antes eram lojas ou garagens, hoje, faturam guardando carros. Na rua Manoel Barata, do trecho entre as avenidas 16 de Novembro e Presidente Vargas, encontramos 5 desses estabelecimentos. Alguns com a placa sem preço, e a negociação é feita diretamente com o cliente. Já outros fixam nas paredes valores entre R$ 6 e R$ 10.
E a situação ainda fica mais complicada porque os flanelinhas também reservam vagas. Quando não há vaga disponível, os clientes deixam a chave do carro com os guardadores, que “organizam” os veículos em fila dupla, isso às vistas de agentes de trânsito, que costumam fiscalizar a região.
Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que, no Código de Trânsito Brasileiro, estacionamento público “não está entre as obrigações previstas pelos órgãos de trânsito municipais”. A Semob reforça que é função do poder público garantir o fluxo das vias e o transporte público, e não priorizar estacionamento para veículos particulares.
Fonte: Diário do Pará, 15/12/2017