As grandes empresas de estacionamento retomaram o desempenho positivo neste ano, tanto na receita total como nas margens de lucro. Um dos principais fatores apontados pelas companhias é o foco em operações mais complexas, como shoppings, aeroportos e hospitais. "Começamos a ganhar força no segundo trimestre, quando houve alta de 3,6% [no faturamento] nas mesmas garagens [abertas há pelo menos um ano]", diz André Iasi, diretor-executivo da Estapar.
A empresa prevê uma alta de 20% nas receitas e de quase 60% no Ebitda (lucro antes de subtrair as despesas não operacionais) deste ano. "Os segmentos mais resilientes têm se saído melhor que aqueles que sofreram com altas na vacância, como os prédios comerciais", afirma. Além de priorizar shoppings, hospitais e universidades, a Indigo planeja participar de novas concessões no setor privado.
Neste ano, ela venceu a concorrência pelo estacionamento do aeroporto de Belo Horizonte. A companhia dobrará seu Ebitda em 2017, segundo Fernando Stein, presidente da multinacional no Brasil. "Vamos chegar a R$ 65 milhões neste indicador e a R$ 650 milhões de receita, um crescimento de 130%."
A capacidade de antecipar os recebíveis e de investir na operação dos clientes também ajudou as empresas maiores a elevar seu lucro, diz Roberto Cerdeira, diretor-executivo da Pare Bem. "Nós conseguimos prover esse tipo de aporte e, em contrapartida, obtemos margens melhores e contratos mais longos, de seis, dez, até 20 anos", afirma.
Fonte: Folha de S. Paulo - 19/10/2017