Técnicos do gabinete do governador, Secretaria de Turismo do DF e representantes do Consórcio Capital DF decidiram em reunião que a partir do dia 18 haveria um novo valor para cobrança do estacionamento do Centro de Convenções. O valor é de R$ 0,10 por minuto, com limite máximo de 25 reais por 12 horas. O Consórcio Capital DF, que passou a gerir o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, depois de vencer a concorrência e ser responsável pela Parceria Público-Privada (PPP), justificou que o valor único anterior de R$ 25 para as vagas de estacionamento tinha o intuito de pagar obras que serão feitas no local. Segundo um dos representantes, Marcos Camagai, a empresa irá investir cerca de R$ 5 milhões para construir cerca de 600 locais de parqueamento.
A cobrança, que se iniciou no dia 14 de março, gerou reclamações de moradores da capital e fez com que a Secretaria do Turismo notificasse o consórcio para que explicasse a composição do preço. O cálculo para chegar no valor de R$ 25, esclarece Camagai, foi feito com base em levantamento produzido pelo próprio consórcio que chegou a comparar os valores nos principais Centros de Convenções do Brasil. “O tempo de permanência é de 12 horas, o que dá um custo de 3 centavos por minuto”, explicou Camagai. “Chegou a se cogitar um comparativo com os shopping centers, o que seria misturar tomate com banana, mas os shoppings cobram de 8 a 10 centavos por minuto”, finalizou.
Vagas cobertas
Com cerca de 270 vagas de estacionamento, o consórcio, que passou a gerir o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, pretende aumentar o número de vagas para atender cerca de 800 a 900 veículos. No entanto, 400 destas vagas terão cobertura. O investimento, porém, argumentou Marcos Camagai, precisa ter retorno, o que também explicaria o alto valor do parqueamento. "O estacionamento vai requerer um investimento de R$ 4 a 5 milhões para estruturar as vagas subterrâneas e precisamos pagar este capital. O preço pode baixar, desde que possamos adequar os investimentos dessas demais obras, porque, caso contrário, fica inviável", afirmou.
Fonte: Jornal de Brasília - Brasília - 18/04/2019