Quem quiser estacionar nas ruas de Goiânia cobertas pela Área Azul vem tendo de desembolsar mais dinheiro. A tarifa de 90 centavos, que já havia se tornado habitual, foi reajustada após 16 anos. A novidade começou a valer na segunda quinzena de dezembro. Para reduzir o impacto de quase 180% de aumento - o novo valor é de R$ 2,50, por duas horas de estacionamento - foi criado um talão diferente, que vale por apenas uma hora e custa R$ 1,50.
Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), o cálculo do reajuste foi feito com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) entre outubro de 2000 e agosto do ano passado. O reajuste com base nesse índice levaria o valor do cartão para R$ 2,55, mas, para facilitar o troco ao usuário, optou-se pela cobrança do valor redondo. “O povo está reclamando, mas compra mesmo assim”, comentou José Carlos Gonçalves, dono de uma banca de revistas na Rua 4, no Centro, que vende os cartões.
Mesmo com o aumento nos preços, a Área Azul é atraente, já que os estacionamentos particulares no Centro e na região de Campinas custam, em média, R$ 5, por hora. Assim, o impacto do reajuste pouco influenciou para quem oferece um local para estacionar fora das ruas. “Não alterou quase nada”, resumiu o atendente de um estacionamento na Rua 17, Fagner Castro, de 22.
A Prefeitura de Goiânia justificou o reajuste alegando que “a defasagem tornava o sistema de estacionamento rotativo deficitário”. Os custos seriam pela mobilização de agentes para a fiscalização da rotatividade das vagas, recursos com talonário e sinalização específica. Quem tiver o talão antigo ainda pode utilizá-lo.
José Carlos registra que houve também o reconhecimento do esforço da Prefeitura em criar uma tarifa diferente para aquele que ficar menos tempo estacionado. “Tem muita gente reclamando, mas também tem gente que elogia esta mudança de poder comprar o talão de 1 hora”, revela o comerciante.
Fonte: O Popular (Goiânia), 14 de janeiro de 2015