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Cultura de propriedade do carro ainda é forte no Brasil

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O desejo de ter um carro ainda se mantém forte na cultura brasileira, segundo revela uma pesquisa sobre a relação das diferentes gerações com a mobilidade. O estudo foi encomendado pela associação de fabricantes, a Anfavea, e foi realizado pela Spry, startup de tecnologia que utiliza o sistema de crowdsourcing para otimizar a aplicação e abrangência do questionário. Os resultados foram apresentados pelo responsável comercial da empresa, Pedro Fachinni, durante coletiva de imprensa da Anfavea, em espaço reservado dentro do Salão do Automóvel de São Paulo.

Realizada durante três semanas de agosto em 11 capitais brasileiras, a pesquisa ouviu 1.789 pessoas que foram segmentadas por geração: baby boomers (acima de 56 anos), X (de36 a55 anos), Y (de26 a35 anos) e Z (até 25 anos), que responderam questões relacionadas ao uso do carro e outros meios de transporte.

Entre os resultados, a pesquisa mostrou que 49% dos baby boomers e 50% da geração X afirmam ter carro. Este número cai para 39% na geração Y e para 23% na geração Z. Aos que não possuem veículos, o estudo quis saber sobre o desejo de comprar um nos próximos cinco anos: 70% da geração Z afirmaram que desejam adquirir um modelo enquanto 69% dos entrevistados das gerações X e Y têm a mesma intenção. Ou seja, o desejo de ter um veículo próprio no País segue bastante alto.

Na avaliação do presidente da Anfavea, Antonio Megale, os resultados foram surpreendentes e tal conhecimento é fundamental para direcionar iniciativas da indústria.

Sobre o número de pessoas que possuem ou não a licença para dirigir (Carteira Nacional de Habilitação/CNH), 35% da geração Z, a mais nova, estão habilitados. Da parcela que diz não possuir a carteira, 91% disseram que pretendem se habilitar. Na geração Y, 52% possuem CNH e 80% dos que não têm pretendem tirar a habilitação. Nos baby boomers e na geração X, os habilitados são 58% e daqueles que não estão, 24% e 59%, respectivamente, ainda pretendem se habilitar.

Sobre os diferentes tipos de meios de transporte, todas as gerações apontaram o carro como o principal: 38% dos baby boomers, 42% da geração X, 41% da Y e 40% da Z. Quem prefere carro como principal forma de se locomover aponta o conforto e a praticidade como principal atributo. O ônibus, que nas gerações dos baby boomers e X era de 15%, cai para 9% nas gerações mais recentes.

Com relação à frequência de uso dos diferentes tipos de transporte, a pesquisa aponta que aplicativos dedicados se apresentam como alternativa e não substituição de outros modais, mesmo nas gerações mais novas: apenas 9% do total de respondentes utilizam aplicativos de transporte como Uber ou 99 todos os dias. Mesmo na geração Z, a mais conectada de todas, 93% já utilizaram aplicativos, mas apenas 13% usam com uma frequência acima de três vezes por semana.

Sobre o futuro, 70% da geração Y e 66% da geração Z acreditam que o carro ainda será o principal meio de transporte no futuro. Do total de respondentes, 34% acreditam que aplicativos de transporte e carona compartilhada representam o papel do carro no futuro, enquanto 32% avaliam que o carro como conhecemos continuará sendo o principal meio de transporte. Apenas 3% acreditam que o carro vai virar item de museu.

Fonte: Automotive Business, novembro/2018

Categoria: Geral


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