Cai nº de usuários do cinto no banco do passageiro (24/11/2008)
O uso do cinto de segurança, que parecia incorporado ao dia-a-dia dos motoristas e "co-pilotos" da nova geração, começou a "descer a ladeira", alerta uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Folha de S. Paulo relata que, em levantamento feito em 2006 com 1.034 estudantes de faculdades públicas e privadas de São Paulo e Rio, 93% dos que se sentavam no banco do carona usavam a proteção. Já na enquete deste ano o índice caiu para 85%. "Como o uso do cinto pelo motorista se manteve estável nos dois estudos (na marca dos 95%), acredito que na situação para os caronas há maior desleixo, já que o carro é de outra pessoa", afirma Sérgio Franco, médico ortopedista e autor do estudo apresentado há alguns dias em congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Números da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) confirmam que é crescente a infração cometida por paulistanos por falta do cinto de segurança. Entre 2006 e 2007, o número de multas do tipo cresceu 9%, saindo de 110.315 para 120.058 - uma média de 13 por hora (números de 2008 ainda não foram tabulados).
Apesar de a CET não ter balanço separado de quantas infrações foram em decorrência do não-uso do cinto por motoristas ou passageiros, o levantamento confirma que os caronas são mais displicentes: 94% dos condutores usam o cinto, ante 90% dos que se sentam ao seu lado.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 24 de novembro de 2008