Há duas semanas, a coluna mostrou a foto, feita por um leitor, de uma vaga para idosos na Miguel de Frias ocupada por cones. Desde então, a caixa de e-mails da “Outra coisa” (coluna de O Globo) vem recebendo vários flagrantes e reclamações de uma mesma prática: a malandragem de reservar vagas com cones e cavaletes.
Fomos conferir cada uma delas. Durante dois dias, a coluna percorreu os mesmos pontos, sempre cedo. E veja só: das 16 denúncias dos leitores, 14 estavam novamente com algum objeto que impedia estacionar.
Reservar vagas virou uma praga em Niterói. Com exceção daquelas sinalizadas, como para obras ou áreas de descarga, a prática é ilegal. Normalmente, quem guarda as vagas são porteiros e comerciantes. E os carros que as ocupam são sempre os mesmos.
É tarefa da Secretaria de Ordem Pública reprimir esse abuso. Mas nunca foi feita uma ação específica para isso, como acontece para rebocar veículos parados em lugar proibido (o que, aliás, é louvável). A secretaria diz que recolhe cones e cavaletes irregulares. Porém, não tem um balanço com a quantidade de apreensões. Nem o número de multas aplicadas por essa prática — como tem de carros rebocados.
Fonte: O Globo (RJ), 15 de novembro de 2015