Por Jorge Hori* - Bom ano novo, com o Brasil sob nova direção.
Jair Bolsonaro foi eleito pela população com a esperança de grandes mudanças.
Não dar continuidade ao velho Brasil, com todas as suas mazelas, e mudar. Mudar ampla e profundamente.
A primeira semana do ano é ainda de feriado prolongado, preferencialmente sem ler jornais, sem ver o noticiário pela televisão, sem abrir o computador.
Começar o ano encontrando um Brasil novo. De jeito novo. A surpresa é que voltamos e encontramos o mesmo Brasil. Com violência no Nordeste, com o novo Governo fazendo trapalhadas, explicando sem explicar e desviando a atenção sobre o azul e o rosa.
E os estacionamentos? O que mudou? Vai mudar alguma coisa para a atividade?
Por enquanto pouco ou nada mudou. O período é ainda de recesso.
O principal impacto esperado com o novo Governo e sua política econômica é implantar uma economia de mercado.
Como? O Brasil já não é uma economia de mercado?
Sempre se difundiu essa versão, mas na prática nunca foi. Tampouco foi uma economia socialista. Sempre foi e ainda é uma economia mista. Com ampla participação e interferência estatal, desequilibrando as relações de competição entre as empresas privadas.
O Estado sempre foi muito leniente com a "organização do mercado", eufemismo para organização de cartéis, de oligopólios. Um mercado inteiramente livre não admite oligopólios, nem monopólios. Esse só existe nos sonhos dos ultraliberais. Os que agora comandam a política econômica são muito próximos desse extremo, mas têm que se render à realidade.
Estacionamento não será uma prioridade macroeconômica, mas entrará na pauta das discussões da equipe econômica a partir da indignação pessoal de algum membro da equipe revoltado com o valor cobrado num estacionamento específico.
O que vai mudar com o novo Governo é a atenção maior sobre a questão dos supostos "preços abusivos".
Não envolverá uma intervenção estatal, do tipo tabelamento, mas estará na pauta econômica.
Trataremos dessa questão ao longo das próximas semanas.
*Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
NOTA:
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.