Por Jorge Hori* - A perspectiva otimista que transmitimos anteriormente foi frustrada, pelo descumprimento de parte da população da cidade de São Paulo do isolamento social. As ruas voltaram a ficar com grande movimento de pessoas, os carros provocando congestionamentos, apesar de o comércio continuar fechado. Os restaurantes também não funcionam para o público presencial, mas não os bares de balcão assim como as padocas. Esses continuam servindo as cachacinhas e os cafezinhos.
O que essas pessoas estavam fazendo nas ruas? Para onde ou de onde esses motoristas estavam indo ou vindo? Saíram só para fugir do isolamento e apenas passear, ou foram trabalhar, já que comprar não podiam?
Uma hipótese é que saíram do home office e foram trabalhar - ainda que clandestinamente - em escritórios. Ou ainda fazer alguma reunião presencial?
O monitoramento da movimentação das pessoas por GPS não é o mais adequado, mas é o que as autoridades dispõem e tomam as decisões em função dessas. As autoridades já avisaram, com base nas suas estatísticas, que o Estado de São Paulo e dentro desse a capital serão os últimos a promover o relaxamento das medidas de isolamento.
A movimentação das pessoas em carros confirma a perspectiva de que haveria a preferência por esses, em vez do transporte coletivo. No seu carro as pessoas se sentem mais seguras, contra eventual contaminação.
E nos estacionamentos, quando têm que descer do carro? Estarão seguros quanto a eventuais contaminações? Já foram definidos protocolos "anticoronavírus" para os estacionamentos?
* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
NOTA:
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.