Após registrar queda nas vendas no primeiro bimestre, o segmento de veículos usados volta a crescer: os negócios subiram 2,2% no acumulado dos três primeiros meses do ano quando comparados com igual período do ano passado, para 2,41 milhões de unidades, segundo dados divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações das concessionárias.
O segmento de leves salvou as vendas de usados no período, com alta de 2,54% na mesma base de comparação, para 2,33 milhões de unidades, sendo 2,03 milhões de automóveis e 299,6 mil comerciais leves, avanço de 2,2% e 4,4%, respectivamente.
Já o mercado de pesados, que inclui caminhões e ônibus, amargou queda de 6,5%, para um total de 82,8 mil unidades contra as 88,7 mil registradas no primeiro trimestre de 2014. As transferências de caminhões foram 5,7% menores neste trimestre, para 73,1 mil unidades, enquanto as de ônibus recuaram 12,5%, para 9,7 mil unidades.
No comparativo mensal, as vendas totais de usados indicam recuperação: o volume transferido em março, de 876,1 mil veículos, entre leves e pesados, representou aumento expressivo de 21,6% sobre fevereiro, quando o setor registrou 720,2 mil unidades. Na comparação com março de 2014, houve incremento de 20,8%.
Ambos os segmentos – leves e pesados – encerraram o mês com resultados positivos, tanto na comparação com fevereiro quanto sobre março do ano passado.
Para Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, federação que reúne as associações das revendas independentes e que também compila os dados de usados, o resultado de março retoma o otimismo do setor: “Os números de março são promissores e nos trazem a perspectiva de que o veículo seminovo, cada vez mais, vem se tornando uma excelente escolha para o consumidor que deseja adquirir um veículo com qualidade, com pouco tempo de uso e com um custo justo que caiba em seu orçamento. Sabemos que vivemos um momento, em nossa economia, em que o planejamento de gastos deve ser bem estudado e planejado para se obter o maior custo benefício na compra de um bem e o seminovo vem preenchendo essas exigências. Estimamos que cada vez mais ele estará presente no planejamento de compras dos consumidores”.
Fonte: revista Automotive Business, 10 de abril de 2015