O setor de serviços no Estado de São Paulo voltou a gerar vagas com carteira assinada pelo quinto mês consecutivo. Em novembro, foram criados 12.897 empregos formais, resultado de 172.539 admissões contra 159.642 desligamentos. Assim, o setor encerrou o mês com um estoque ativo de 7.472.775 postos de trabalho. Nos 11 meses do ano, o saldo ficou positivo em 171.341 vínculos celetistas. Na soma dos últimos 12 meses, 114.330 postos de trabalho foram abertos. O resultado apurado em novembro foi o melhor para o mês desde 2012.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das 12 atividades analisadas, quatro apontaram mais desligamentos do que admissões em novembro, com destaque para educação (-995 vínculos) e administração, pública, defesa e seguridade social (-571 vínculos). Por outro lado, administrativas e serviços complementares (6.332 vínculos) e alojamento e alimentação (3.110 vínculos) apresentaram mais admissões.
Em relação ao mesmo período de 2017, dois setores sofreram leves variações negativas no estoque de vínculos: administração pública, defesa e seguridade social (-0,3%) e outras atividades de serviços (-0,3%). Em contrapartida, as atividades de informação e comunicação (3,6%) e de serviços médicos, odontológicos e sociais (3,5%) apontaram as maiores taxas de crescimento na mesma base comparativa.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o saldo positivo de novembro, além de mostrar solidez na constância de mais admissões que desligamentos, foi inflado por uma sazonalidade positiva das festas de fim do ano. A Entidade destaca que, nos últimos 12 meses, o desempenho ficou acima do esperado. A expectativa era de que o grupo de serviços paulistas tivesse uma geração de quase 90 mil novas vagas em 2018. Já se espera que ultrapasse os 100 mil postos de trabalho criados no ano.
Ainda de acordo com a Federação, o ritmo da geração de emprego no período é o melhor desde 2014. Os melhores desempenhos das receitas atuais e as boas perspectivas dos empresários em relação à economia no decorrer de 2019 alavancaram a confiança e, consequentemente, a decisão de investimentos, como é a mão de obra formal. Para a Entidade, é importante aos empresários que esse investimento tenha dois pilares: o primeiro é o ambiente externo, isto é, os desempenhos do País, dos indicadores macroeconômicos e de vendas do setor de atuação; o segundo é o interno, referente à capacidade financeira do estabelecimento em aplicar recursos que serão despendidos também em médio e longo prazos.
Capital paulista
O setor de serviços da capital paulista gerou 7.402 vagas em novembro, o melhor resultado entre as 16 regiões pesquisadas. Das 12 atividades analisadas, dez apresentaram mais admissões do que desligamentos, com destaque para administrativas e serviços complementares (3.749 vínculos) e serviços médicos, odontológicos e sociais (1.112 vínculos). Por outro lado, os segmentos de educação (-94 vínculos) e imobiliária (-33 vínculos) registraram mais desligamentos.
No saldo acumulado em 12 meses, 51.087 vagas foram abertas, o que significa um aumento de 1,5% do estoque ativo de vínculos em relação a novembro de 2017, atingindo um estoque de 3.544.859 empregos formais.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços) analisa o nível de emprego do setor de serviços. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e 12 atividades: transporte e armazenagem; alojamento e alimentação; informação e comunicação; financeiras e de seguros; imobiliárias; profissionais, científicas e técnicas; administrativas e serviços complementares; administração pública, defesa e seguridade social; educação; médicos, odontológicos e serviços sociais; artes, cultura e esportes e outras atividades de serviços. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Fonte: FecomercioSP, 21/01/2019