Em mais uma tentativa de mudar o cenário de desordem em áreas de estacionamento nas ruas da cidade, a prefeitura lançou dia 10 edital de licitação para escolher as empresas que vão operar 37.082 vagas do novo Rio Rotativo, distribuídas em dois lotes, como antecipou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. No futuro sistema, batizado de Vagas Inteligentes do Rio, não haverá guardadores nem circulação de dinheiro. Serão implantados 1.233 parquímetros — um a cada 30 vagas —, e o usuário poderá usar cartões e aplicativos para efetuar o pagamento.
O preço vai variar conforme a região. Na Zona Sul e no Centro, inicialmente custará R$ 4, mas, posteriormente, poderá chegar a R$ 8, quatro vezes o valor atual. Nas ruas ou nos trechos de logradouros da Zona Sul e do Centro em que for identificada uma grande demanda, implantaremos a tarifa variável.
“O objetivo é garantir a rotatividade” — diz o secretário especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes, acrescentando que será possível ainda reduzir a tarifa para até R$2, a fim de estimular o uso de determinada área ociosa. O município fixará preços especiais para o motorista parar próximo a eventos concorridos, como um jogo no Maracanã ou uma apresentação no Teatro Municipal. Nesses casos, o teto será de R$ 20, dez vezes o valor da tarifa atual.
E, além das vagas regulamentadas, poderão ser criados espaços temporários especiais. Quem se interessar a operar o lote 1 — 22.126 vagas na Zona Sul (Leme a São Conrado), na Barra, em Jacarepaguá e em parte da Zona Oeste — terá que pagar R$ 66 milhões à prefeitura. Pelo lote 2 — 14.956 vagas na Zona Sul (entre Humaitá e Glória), no Centro, na Zona Norte e em parte da Zona Oeste —, deverá dar uma outorga de R$ 41 milhões.
As concessões serão por 15 anos, cabendo às empresas implantar o sistema, que inclui a instalação de sensores no asfalto ou meio-fio. São esses equipamentos que permitirão que operadores acompanhem de uma central se as áreas estão livres ou ocupadas.
Fonte: O Globo – 11 de março de 2016