É fato que as vendas de veículos continuam caindo, mas a queda está diminuindo mês a mês, observa o presidente da Anfavea, Antonio Megale, ao divulgar os resultados do desempenho do mercado até abril em sua primeira coletiva de imprensa à frente da entidade, dia 5, em São Paulo.
De acordo com os dados da entidade, os emplacamentos do primeiro quadrimestre ficaram 27,9% abaixo do registrado em iguais meses do ano passado, ao somar 644,2 mil unidades, entre leves e pesados. Em janeiro, o índice de queda foi de 38,8%, considerando sempre a comparação com o mesmo período acumulado do ano anterior. No primeiro bimestre, a Anfavea registrou retração de 31,3% e no trimestre a queda foi de 28,6%.
“A base de comparação - que são os primeiros meses de 2015 - é forte por causa do efeito do IPI menor, quando ainda havia estoques com a esta condição [de IPI menor]”, ressalta Megale.
O executivo aponta também que, além do ritmo menor de queda, a média diária de vendas encontrou um nível de estabilidade pelo menos nos dois últimos meses, entre 8,1 mil e 8,2 mil unidades por dia útil no período.
Embora estes se mostrem como possibilidade de sinais de recuperação, a Anfavea preferiu adiar mais uma vez a revisão de suas previsões para o ano.
Megale aponta a falta de confiança como um dos principais fatores para as constantes quedas dos emplacamentos ao longo desses quatro primeiros meses do ano, o que deve começar a mudar quando o nível de confiança for revertido, tanto do consumidor quanto do empresário.
Fonte: revista Automotive Business, 05/05/2016