O estado de São Paulo seguirá em quarentena até que uma vacina contra o novo coronavírus seja disponibilizada e que a população do estado seja imunizada, disse o governador João Doria (PSDB) nesta segunda-feira (31). Além disso, Doria se mostrou preocupado com as aglomerações registradas nas praias do litoral paulista neste fim de semana.
"Nós estamos em quarentena. E eu quero deixar isso bem claro à opinião pública de São Paulo. Esta quarentena prossegue e prosseguirá", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. "Enquanto não chegar a vacina e não tivermos a imunização de todos os brasileiros de São Paulo, nós estaremos em quarentena".
O Instituto Butantan, ligado ao governo estadual, está testando uma potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech, mas ainda sem previsão de liberação. Outras potenciais vacinas também estão em fase de testes no país, como a da empresa norte-americana Pfizer ou aquela desenvolvida em parceria pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmácia britânica AstraZeneca.
"Todos observaram neste final de semana um número impressionante de pessoas nas praias aqui do litoral de São Paulo - sem me referir ao litoral de outros estados brasileiros -, pessoas se aglomerando, sem máscara, de forma inadequada e perigosa.", criticou Doria. "As rodovias aqui do estado de São Paulo também tiveram seguidos congestionamentos, como se nada estivesse acontecendo", concluiu.
Segundo o governador, o estado tem obtido resultados positivos no combate à pandemia de Covid-19, com semanas seguidas registrando queda no número de óbitos, mas alertou que não há motivos para celebrar. Doria pediu colaboração da população e também de autoridades municipais para evitar que as cenas vistas neste fim de semana se repitam no próximo, que será mais longo devido ao feriado prolongado da independência.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do estado, São Paulo tem 804.342 casos de Covid-19 confirmados, com 30.014 mortes.
Fonte: Olhar Digital/Reuters, 31/08/2020
