Após seis meses de impacto da pandemia de coronavírus sobre o mercado brasileiro de veículos, é possível tirar duas conclusões: a primeira, que o consumidor brasileiro segue bastante interessado em ter um carro próprio; a segunda, que a parcela da população que pode comprar um é pequena e foi ainda mais reduzida com a crise econômica gerada pela Covid-19 – que, diga-se, ainda não chegou ao fim. Desse balanço de forças opostas, nasce um mercado mais resiliente aos abalos da economia, de consumidores que seguem comprando automóveis zero-quilômetro, mas é pequeno, restrito a quem tem alta renda.
Nesse cenário, a Anfavea, associação dos fabricantes instalados no Brasil, decidiu revisar para melhor suas projeções de vendas este ano, que em junho apontavam para queda de 40% e agora estimam que a retração sobre 2019 será de 31%, o que significa 1,9 milhão de emplacamentos, um pouco mais, um pouco menos, a depender do desenvolvimento da pandemia e da economia nacional. Dessa forma a entidade se alinha a maior parte dos analistas, que desde abril previam esse tamanho de mercado.
Seja como for, é muito pouco para um País de quase 212 milhões de habitantes, onde apenas 5% deles têm renda mensal igual ou superior a R$ 4 mil, segundo o mais recente levantamento da FGV Social com base em dados da PNADC do IBGE.
Carros cada vez mais caros
Alguns fenômenos notados este ano entre os carros mais vendidos no Brasil comprovam a tese de que o mercado brasileiro de veículos zero-quilômetro virou um cercadinho para poucos – e a altura dessa cerca está crescendo, deixando de fora algo como 95% da população brasileira.
Nos últimos anos, a maioria dos fabricantes introduziu tecnologias de segurança ativa, conectividade, infoentretenimento e desempenho que vêm tornando os veículos mais caros. Com isso, o tíquete médio de compra vem subindo, já avançou 10% só este ano, chega a R$ 85 mil – este é o valor médio de cada carro vendido em 2020.
Fonte: Automotive Business, 09/10/2020
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