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Pesquisa da eleição em São Paulo traz pouca mudança

 

Por Jorge Hori* - Uma nova rodada de pesquisas eleitorais mantém as tendências detectadas anteriormente para São Paulo.
Celso Russomanno agregou os bolsonaristas que não estavam em sua base e não perdeu os seus tradicionais apoiadores, mantendo-se na ponta das pesquisas, mas já com pequena queda, sem perder a liderança para Bruno C ovas.
O cenário mais provável é que Celso Russomanno alcance o segundo turno, com o seu adversário ainda indefinido. O que tem mais chances é Bruno Covas, mas este, por teimar em usar os meios tradicionais, recusando-se a utilizar as redes sociais, pode perder apoios. Com as mudanças na dinâmica social, a não adaptação aos meios modernos pode levar a grandes perdas. O eleitorado jovem é mais influenciado pelas redes sociais do que pela mídia tradicional. Além disso Bruno Covas ainda mantém um elevado nível de rejeição, por estar ligado a João Doria, que parte do eleitorado não perdoa pelo seu abandono precoce da Prefeitura, associada à sua medíocre gestão no mandato atual. Vai usar o emocional, o seu câncer, para a conquista do coração dos eleitores, formando a imagem de um superador de adversidades.
Boulos continua crescendo, ao se tornar mais conhecido, e vem conquistando o eleitorado jovem de classe média e de esquerda, que anteriormente votava nos candidatos do PT. Jilmar Tatto não tem perfil para a conquista desse eleitorado, o que Fernando Haddad conseguiu. Haddad, pela sua fidelidade a Lula, mantém-se no PT, mas os seus adeptos vêm migrando para a candidatura Boulos. O dado mais importante da pesquisa não é o crescimento de Boulos, mas a manutenção da sua taxa de rejeição, em torno de 24%, abaixo das de Covas e Russomanno. O menor conhecimento do candidato contém tanto as taxas positivas como as negativas. Boulos é ainda a surpresa possível dentro do cenário eleitoral de São Paulo. A outra surpresa inesperada seria Artur do Val, que mais usa e sabe usar a rede social, mas até agora não teve grande repercussão nas pesquisas.
O início da campanha pelo rádio e tv e a suspensão dos debates favorece os líderes, mas com diferenças. Livram-se das acusações nos debates, mas não pelas redes sociais e pelos programas obrigatórios. Bruno Covas terá mais tempo para rebater. Russomanno pouco. Terá maior desgaste.
As pesquisas da próxima semana darão melhor ideia sobre a manutenção ou não das tendências e da força efetiva do crescimento de Boulos.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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