Encomendado pela prefeitura de Salvador há três anos, por meio de uma proposta de manifestação de interesse (PMI), o estudo que prevê a concessão dos estacionamentos Zona Azul à iniciativa privada foi rejeitado. Ainda operado pelo município, portanto, o sistema de oferta de vagas rotativas sofrerá alterações, passando a funcionar por um aplicativo. Financiada e realizada pela empresa Hora Park, a análise de permissão do sistema Zona Azul não atendeu aos critérios econômicos do município.
“Recusamos a proposta, pois teríamos que construir novas vagas e estacionamentos subterrâneos”, justificou o titular da Secretaria de Mobilidade, Fábio Mota, ao argumentar que a arrecadação atual é superior ao oferecido pelo estudo. Só no ano passado, segundo a Superintendência de Trânsito (Transalvador), o valor arrecadado coma venda de cartelas de estacionamento foi R$ 8.170.456,40. Mesmo com as contas no eixo, a Transalvador prevê a implantação do aplicativo de vagas Zona Azul. “Estamos avançados quanto à solução do problema das cartelas de Zona Azul. Nossa expectativa é que, ainda neste ano, o programa esteja funcionando”, afirmou o superintendente Fabrizzio Muller.
Análise
Em fase de estudos técnicos, a implantação do software contará, segundo Fabrizzio, com localizador de vagas disponíveis capaz de alertar o motorista, tolerância à gratuidade de 15 minutos, além de oferecer uma plataforma de pagamento por meio do cartão de crédito. A ideia do titular da Transalvador é semelhante ao projeto de lei da Zona Azul Digital, de autoria do vereador Orlando Palhinha.
O texto está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Mesmo com expectativas correspondentes ao projeto de Palhinha, a autarquia ainda não definiu se pretende aguardar a tramitação do projeto na Câmara dos Vereadores ou se irá instituir o programa por meio de um decreto municipal.
Fonte: A Tarde - BA - 05/09/2017