Resolução publicada dia 14 pela Prefeitura para viagens feitas em aplicativos de transporte, como o Uber e o Cabify, liberou um “bônus” para incentivar o compartilhamento de um mesmo carro por passageiros diferentes. Cada quilômetro percorrido em viagens assim vai descontar1 kmdo limite que as empresas têm para operar. Por exemplo: se a viagem é feita por passageiro em uma viagem comum, a cada quilômetro percorrido, é descontado1 kmdo limite de quilometragem estabelecido pela Prefeitura.
Mas, se a viagem é feita pelo sistema de compartilhamento (quando um passageiro aceita dividir o carro com um desconhecido, que fará trajeto parecido), o quilômetro percorrido, na verdade, equivale a “-1 km” da cota da empresa. Se há duas pessoas no carro, menos 2, e assim sucessivamente, até o limite de quatro pessoas no mesmo carro.
A medida serve para estimular o compartilhamento de carros, como ocorre no serviço Uber POOL. A regra, segundo a resolução do recém-criado Comitê Municipal do Uso do Viário (CMUV), estabelece, entretanto, que as empresas terão de pagar outorga à Prefeitura mesmo por esses quilômetros negativos.
A proposta é que cada km de viagem custe R$ 0,10 às empresas. Os limites de quilometragem são a forma que a Prefeitura definiu para tentar equilibrar o uso do viário. Inicialmente, as empresas poderão rodar 27 milhões de quilômetros por mês – o equivalente ao que rodam 5 mil táxis. Se o comitê perceber que a medida está provocando saturação do viário, ou seja, se o trânsito da cidade piorar, a ideia é que esse limite seja reduzido.
Por outro lado, se mostrar que há redução do trânsito, como acreditam técnicos da Prefeitura e representantes das empresas, por causa do compartilhamento de viagens, o limite de quilômetros poderá aumentar. Outra medida é reduzir ou aumentar o valor do km.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 15/06/2016