O volume de veículos equipados com sistemas que aumentam a segurança nos veículos está em ascensão, em parte pela obrigatoriedade do uso a partir de normas implementadas aos poucos em países da Europa ou mesmo nos Estados Unidos e Brasil. Estudos conduzidos pela Bosch apontam que na Alemanha, por exemplo, um em cada cinco carros licenciados em 2014 estava equipado com sistemas de assistência de frenagem automática de emergência (AEB) e do sistema de permanência na faixa de rolagem – em 2013 essa relação era de um para cada dez veículos.
Ainda sobre os dados do país europeu, cerca de 72% das colisões traseiras com ferimentos poderiam ser evitadas se todos os automóveis fossem equipados com o dispositivo de frenagem de emergência. As pesquisas conduzidas pela Bosch apontam ainda que o sistema de permanência na faixa de rolagem pode prevenir até 28% dos acidentes causados por motoristas que mudam de faixa acidentalmente.
O grau adicional de segurança que os sistemas oferecem é também uma das razões para a crescente procura pela tecnologia, embora a maior parte seja ainda impulsionada por obrigatoriedades normativas.
No caso da Europa, a partir deste ano, os novos veículos devem sair de fábrica com um novo sistema, o preditivo, que evita o atropelamento de pedestres. Este será determinante para obter cinco estrelas no ranking Euro NCAP.
Nos Estados Unidos também há movimentos para elevar a segurança dos veículos. Recentemente o governo firmou um acordo com 20 montadoras, que representam mais de 99% daquele mercado, para que até 1º de setembro de2022 amaioria dos carros do país possua o sistema de frenagem automática de emergência. Para as picapes o prazo será até 2025.
No Brasil, os sistemas de assistência também estão cada vez mais próximos dos consumidores, partindo mais uma vez da obrigatoriedade, caso do controle eletrônico de estabilidade (ESC), base tecnológica para muitos desses dispositivos e que se tornará obrigatório em todos os novos projetos de veículos fabricados ou importados a partir de 2020. Os modelos já vendidos no mercado nacional serão obrigados a incorporar o item apenas em 2022.
Fonte: revista Automotive Business, 15/06/2016