Por Jorge Hori* - As empresas de estacionamento precisam renovar ou ajustar o seu planejamento estratégico, diante das mudanças do mercado.
É um dos setores mais afetados pelas mudanças tecnológicas, no contexto da crise macroeconômica.
A macroeconomia está em recuperação, ainda que lenta, mas com superação da fase mais crítica, evitando a ocorrência de uma nova recessão.
Com a retomada da economia, haverá a retomada da demanda anterior, perdida com a crise? Ou as mudanças tecnológicas e de hábitos da população terão maior impacto?
Diante das perspectivas, a questão preliminar para o empresário é: continuo com o mesmo negócio, ou mudo de ramo, mudo de negócio?
Para os persistentes que querem se manter no mesmo negócio, a pergunta subsequente é: que mudanças preciso fazer no meu negócio, para ajustá-lo às novas condições do mercado?
Com a retomada do mercado imobiliário, ampliando o volume de novas áreas construídas, deveria ocorrer uma ampliação de vagas para estacionamento. No entanto, com as mudanças na legislação urbana em São Paulo, reduzindo ou eliminando a obrigatoriedade de mínimo de vagas por m2 construído e, pelo contrário, estabelecendo máximos, não podem ser adotados os mesmos parâmetros históricos.
De outra parte o novo padrão de uso do solo, com a ampliação de empreendimentos de uso misto, aproximando casa, trabalho, compras e lazer deverá reduzir a movimentação das pessoas por carro, resultando numa redução da demanda por vagas.
Em São Paulo, a tendência é que a oferta global supere a demanda, determinando maior ociosidade das áreas destinadas a estacionamento.
Haverá, no entanto, uma forte desigualdade no balanço oferta/demanda por localidade. Algumas terão excesso de demanda. Nessas a disputa levará a preços mais elevados, que será referência de mercado.
Tais preços levarão à maior ociosidade fora dessas áreas.
Uma adequada política de preços, baseada no planejamento empresarial, será vital para a sobrevivência da empresa.
* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
NOTA:
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.