O estacionamento rotativo de Palmas está sem funcionar desde o mês de setembro, quando o contrato da empresa Blue com a prefeitura foi considerado ilegal pelo Tribunal de Contas do Tocantins. Agora, a polêmica é outra. Os motoristas que usavam o serviço questionam se o crédito que tinham junto à empresa será devolvido.
Sempre que o analista de sistemas Ernandes Silva precisava estacionar no centro da capital, nem se preocupava em comprar o bilhete. É que ele adquiria créditos por meio de um aplicativo da empresa. Quando o serviço foi interrompido, ele tinha um saldo disponível de R$ 8.
"Todo centavo é válido na nossa conta, então não é justo o que a empresa está fazendo. Acho que teria que ter uma forma de devolver aos contribuintes de Palmas", reclamou.
Atualmente, não existe nenhum controle das vagas. A Blue começou a explorar o estacionamento rotativo, conhecido como zona azul em muitas cidades, em agosto de 2014 na capital.
O contrato de R$ 95 milhões teria duração de dez anos. Mas, pouco depois, os motoristas começaram a questionar a qualidade do serviço.
Em abril deste ano, um conselheiro do TCE suspendeu o serviço da empresa por causa de irregularidades. Desde então a Blue não administra mais os estacionamentos em Palmas. No fim de setembro, os conselheiros do tribunal consideraram o contrato ilegal.
A Prefeitura de Palmas disse que a decisão do TCE recomendou que a Câmara Municipal de Palmas adotasse providências quanto à suspensão do contrato do estacionamento, o que não ocorreu. O município recorreu da decisão, mas não se posicionou sobre o reembolso de quem ficou com saldo no aplicativo.
Fonte: TV Anhanguera, 16/10/2017