Foi inaugurada em novembro na Avenida Pacaembu, região nobre de São Paulo, o que a Fiat diz ser a primeira concessionária digital do País, do grupo Amazonas, que atua com a marca há 26 anos. Não se trata de uma loja virtual na internet, mas de um espaço físico, com diversas ferramentas digitais de interação com o cliente, como telas sensíveis ao toque para configuração do veículo desejado e óculos de realidade virtual para explorar qualquer modelo da marca por dentro e por fora. E, sim, também existem carros reais em exposição (apenas três no caso) e especialistas humanos que podem ser chamados a qualquer momento, além de modelos disponíveis para test drive na garagem.
Mais do que seguir a tendência global de digitalização do relacionamento com os clientes – algo que começa a ser adotado por diversas marcas no Brasil, como a Volkswagen, que também vai começar a digitalizar sua rede em dezembro –, existe muita racionalidade econômica por trás da iniciativa. A maior vantagem é que a loja digitalizada pode operar em espaço muito menor, não precisa exibir dúzias de carros no showroom, pois todo o portfólio de produtos está dentro do ambiente virtual.
Uma concessionária tradicional completa ocupa de 3,5 mil a 5 mil metros quadrados de área e custa algo como R$ 2,5 milhões, perto de três vezes mais do que um ponto de venda digital de apenas300 m2– como é o caso da Fiat Amazonas aberta na Avenida Pacaembu. Isso reduz drasticamente o investimento inicial para cerca de R$ 700 mil e o custo operacional é de 30% a 40% de uma concessionária tradicional.
Fonte: Automotive Business, 29/11/2018