Alarmados com a queda brusca no movimento desde o início da cobrança dos estacionamentos, os lojistas de shopping centers de Salvador já começaram a lançar promoções para pagar as vagas dos clientes e amenizar os prejuízos. A maioria, entretanto, espera que os donos dos centros comerciais criem mecanismos de fidelidade, com compensação ou desconto, que possam reverter as perdas de quem tem loja no local: queda de, em média, 15% nas vendas, já incidentes sobre a retração média de 30% nos negócios do setor, por conta da crise econômica.
Os dados são da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomercio-BA), que alerta que a queda no movimento chega a mais de 50% em alguns centros comerciais. Para discutir medidas que possam abrandar o efeito negativo, a entidade deve agendar uma reunião, até o final desta semana, com lojistas e administradoras do shopping. Segundo o presidente da entidade, Carlos Andrade, as queixas dos comerciantes são ainda maiores por parte dos donos de franquias nas praças de alimentação.
No Shopping Paralela, a Associação dos Lojistas (Alospa) já decidiu: vai ingressar na Justiça contra o shopping, "alegando quebra de contrato e propaganda enganosa, exigindo indenização pelos prejuízos".
A situação não é diferente nos demais shoppings, levando algumas lojas a oferecer o estacionamento para o cliente, no sentido de amenizar os impactos negativos.
Fonte: A Tarde (BA), 13 de julho de 2015