Uma rota tecnológica baseada no uso do etanol é o melhor caminho que o Brasil poderia escolher em termos de futuro da mobilidade visando baixas emissões. Este foi o ponto comum defendido por alguns representantes da indústria automotiva no seminário Ethanol Summit, dia 18, em São Paulo, promovido pela Unica, associação que reúne o setor sucroalcooleiro.
Globalmente a rota tecnológica aponta o carro elétrico como a melhor solução para o futuro da mobilidade. O modelo cujo propulsor é baseado em uma bateria e, portanto, possui zero emissão, está sendo massivamente colocado nos mercados de vanguarda, como União Europeia, Estados Unidos, Japão e agora de forma mais expressiva na China. Além disso, o conceito 100% elétrico vem direcionando as novas estratégias de negócios das montadoras e mudando seus portfólios.
“Estima-se atualmente uma introdução de 20% a 30% dos elétricos nos portfólios das fabricantes de veículos na Europa”, aponta o diretor de assuntos regulatórios da FCA, João Irineu. “Contudo, não existe uma só tecnologia ‘vencedora’ e ideal para todos. No Brasil, há uma grande oportunidade de rota tecnológica com o etanol e que só cabe a nós propor, ninguém mais no mundo vai correr atrás disso”, comentou se referindo ao uso do biocombustível em tecnologias mais eficientes de propulsão.
O executivo reforçou que as perspectivas para a ampliação do uso do etanol são promissoras, dado o esforço conjunto dos produtores do combustível e das fabricantes de veículos. Pelo lado das produtoras, há condições de produzir combustíveis de modo mais eficiente e com oferta estável e previsível. Do lado da indústria de veículos, também há um empenho para aumentar a eficiência energética da combustão do etanol a partir da melhoria dos motores a fim de atender as regulamentações das emissões, como é o caso do Rota 2030, que prevê novos níveis de CO2 para a indústria automotiva no País a partir de 2023.
Fonte: AB Redação, 18/06/2019