O governo do Estado de São Paulo já arrecadou mais de R$ 1 milhão desde dezembro, quando começou a cobrar pelo estacionamento dos Parques Villa Lobos, Cândido Portinari, Água Branca e Horto Florestal, na capital paulista.
A mudança ainda surpreende e revolta os frequentadores, que não veem o dinheiro sendo investido em melhorias nas áreas.
No Parque da Água Branca, na Zona Oeste da cidade, é preciso desembolsar R$ 5 para deixar o carro estacionado por duas horas. Acima de tal período, o valor dobra. A permanência limite é de 12 horas.
“Eu moro aqui há mais de dez anos, acho que o parque está superabandonado. Está sujo, coisa que ele não era. Eu acho que não melhorou nada”, afirma a arquiteta Silvia Carmesino.
Os valores são os mesmos nos estacionamentos dos parques Cândido Portinari e Villa Lobos, também na Zona Oeste. A exigência do pagamento mudou a rotina dos usuários. Falta de manutenção
No Parque Cândido Portinari a tabela de basquete da quadra que fica ao lado do estacionamento está sem o aro. As outras três, nem a tabela tem. O alambrado está rasgado em vários pontos. Ao lado do banheiro, a estrutura do que parecia ser um bebedouro. No quiosque, falta uma parte da cobertura.
No Horto Florestal, na Zona Norte, o estado arrecadou mais de R$ 150 mil. Mas a situação do Parque remete ao descaso. Chegando próximo das quadras é possível perceber que as grades já estão todas soltas.
Na grade de areia, a mesma situação. Os equipamentos de exercício estão quebrados. No parquinho das crianças, diversos brinquedos sem manutenção. As gangorras estão sem os apoios de mão.
Procurado, o Governo do Estado disse apenas que fará o reparo dos problemas apresentados pela reportagem.
Fonte: SP1, São Paulo, 19/08/2017