
O modelo usa inteligência artificial - o que lhe permite reconhecer o piso e se guiar sozinho - e nasceu com o objetivo de adiantar o futuro, principalmente na área de segurança veicular. Segundo o professor doutor Marcio Rillo, reitor do Centro Universitário, o carro é o primeiro passo em um estudo para a construção de veículos com alto grau de autonomia.
É equipado com o mesmo V8 de 7 litros usado no Corvette Z06, só que mais nervoso, já que o modelo ganhou 50 cv a mais que o original. Outra boa herança ficou para a transmissão manual de seis marchas, além da ré, vinda de um Porsche, modelo G64/51, que equipava um cupê Porsche 993 Turbo. O veículo tem suspensão independente duplo A com molas e amortecedores in board dianteiro e traseiro, parecida com o conceito de suspensão adotado nos carros de Fórmula 1.
O X-20 pesa aproximadamente 980 kg e poderá alcançar até 250 km/h, velocidade restrita, por segurança, a 20 km/h quando o sistema autônomo de direção está ligado. Ele é movido a gasolina.
No processo de construção do modelo não foi usada a tradicional modelagem de protótipos em processo de construção, o que representa outra evolução. A carroceria, por exemplo, feita em fibra de carbono e de vidro, é resultado de um avançado sistema de simulação matemática.
O X-20 foi equipado com uma câmera de vídeo, localizada entre os dois pára-brisas e interligada ao software instalado no laptop. Dessa forma, o carro identifica a imagem das duas linhas brancas paralelas que envolvem a pista e possibilita ao software traçar uma linha "imaginária" central do trecho. Em seguida, entra em ação uma placa eletrônica, interligada ao motor elétrico que controla o sistema de direção e orienta o veículo.
Fica ao motorista o papel de dar a partida no motor, acionar o botão no painel, engatar a primeira marcha e começar a dirigir. Depois de alguns segundos, o sistema torna o X-20 capaz de se guiar sozinho. Freio e acelerador ficam por conta do condutor.
Fonte: site webmotors.com.br, 31 de outubro de 2008