A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) está patrocinando o desenvolvimento de postos de recarga para veículos elétricos com tecnologia nacional. O projeto é desenvolvido em parceria com a empresa PHB Eletrônica no CPqD, uma das 43 unidades de pesquisa credenciadas pela Embrapii no País. A previsão é que os primeiros protótipos dos eletropostos brasileiros estejam disponíveis para produção industrial no fim de 2020.
Segundo a Embrapii o objetivo é reduzir o custo dos eletropostos, até agora importados, e distribuir os equipamentos pelos centros urbanos e rodovias do País, criando assim condições para ampliar o uso de veículos elétricos no Brasil. “As infraestruturas físicas aliadas a seus recursos humanos altamente qualificados tornam as unidades Embrapii potenciais parceiras de empresas que queiram desenvolver projetos inovadores na área de eletromobilidade, ajudando a reduzir os riscos tecnológicos inerentes desses projetos inovadores”, destacou o diretor de operações Carlos Eduardo Pereira.
O projeto do eletroposto brasileiro contempla o desenvolvimento de três modelos de recarregadores tipo plug-in: um residencial “normal”, que poderá ser instalado nas garagens para recargas que levam de 8 a 16 horas, e dois para espaços públicos como estacionamentos, shopping centers e postos de combustíveis, um “semirrápido” (2 a 4 horas para recarregar) e outro “rápido” (até uma hora), dependendo do tipo de veículo e de suas baterias. O sistema identificará o usuário para liberação do uso, bem como controlar o nível de recarga e a cobrança pela energia consumida.
O apoio financeiro ao projeto inclui verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No modelo adotado pela Embrapii, as empresas que apresentam projetos avaliados como inovadores devem se associar a uma das unidades credenciadas pela agência, que avaliam questões como viabilidade técnica e interesse do mercado. Caso aprovados, os gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A Embrapii fica responsável por um terço do investimento, a unidade de pesquisa fornece mão de obra e equipamentos, e a empresa financia o restante.
Fonte: UOL Carros, 10/04/2019