A inflação oficial brasileira acelerou e fechou março em 0,75%, acima dos 0,43% do mês anterior, informou dia 10 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior taxa desde junho de 2018, quando os preços sofreram impactos da greve dos caminhoneiros.
Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015. Alimentos e transportes foram responsáveis por 80% do índice – o primeiro com alta de 1,37% e o segundo, de 1,44%.
A alta dos alimentos foi puxada por aumentos nos preços do tomate (31,84%), batata-inglesa (21,11%), feijão carioca (12,93%) e frutas (4,26%), disse o IBGE.
Já o grupo transportes foi pressionado pela alta de 2,88% no preço da gasolina – o item com maior impacto na inflação de março – e de passagens aéreas, que subiram 7,29%. Com alta de 7,02% no mês, o etanol também ajudou a pressionar a inflação.
Sozinha, a gasolina foi responsável por 0,12 ponto percentual do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março. No primeiro trimestre, a inflação medida pelo IPCA soma 1,51%, a maior para o período desde 2016.
Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,58%, próximo ao centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Foi o maior indicador desde fevereiro de 2017, quando a taxa chegou 4,76%.
O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,9%. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC projeta 4,1%.
O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) fechou março em 0,52%, acima dos 0,21% de fevereiro.
Fonte: Folha de S. Paulo, 10/04/2019