Em abril, o setor de serviços no Brasil mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal), após acumular perda de 1,8% nos três primeiros meses do ano. Em relação a abril de 2018 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços recuou 0,7%, segunda taxa negativa seguida neste tipo de comparação. O acumulado do ano cresceu 0,6%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 0,6% em março para 0,4% em abril de 2019, prosseguiu assinalando redução no ritmo de crescimento observada desde fevereiro deste ano (0,7%).
Em termos setoriais, três das cinco atividades cresceram em abril frente a março, com destaque para serviços de informação e comunicação (0,7%), que recupera, assim, parte da perda de 1,8% registrada no mês anterior. Os demais avanços foram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) e serviços prestados às famílias (0,1%). Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,6%) e os outros serviços (-0,7%) mostraram os resultados negativos desse mês.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral caiu 0,3% em abril frente a março, mantendo a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2019. Entre os setores, os outros serviços (-1,6%) tiveram a queda mais intensa, seguidos por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%) e por serviços de informação e comunicação (-0,2%). Em contrapartida, os crescimentos vieram de serviços prestados às famílias (0,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).
Em relação a abril de 2018, o volume de serviços recuou 0,7%, com queda em duas das cinco atividades e em metade dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,0%) foi a influência negativa mais relevante, pressionado pela queda na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, de aéreo de passageiros, de operação de aeroportos e de ferroviário de cargas. O outro resultado negativo veio de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,8%), explicado pelos decréscimos de receita vindos das empresas de soluções de pagamentos eletrônicos, de limpeza geral, de transporte de valores, de gestão de ativos intangíveis não financeiros e de vigilância e segurança privada.
Já as contribuições positivas desse mês ficaram com os serviços de informação e comunicação (2,1%), serviços prestados às famílias (3,6%) e outros serviços (1,2%), impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no primeiro setor; de hotéis e de empresas promotoras de entretenimento, no segundo; e de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no último.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 0,6%, com expansão em três das cinco atividades e em 48,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,0%) tiveram o principal impacto positivo. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,3%) e de outros serviços (2,7%). Em contrapartida, as influências negativas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%).
Resultados regionais
Regionalmente, entre março e abril (série com ajuste), a maior parte (19) das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume dos serviços. Entre os locais com crescimento, destacam-se o Rio Grande do Sul (5,4%) e São Paulo (0,3%). Em contrapartida, os principais resultados negativos foram no Espírito Santo (-1,2%), Rio de Janeiro (-0,1%) e Tocantins (-7,1%).
Na comparação com abril de 2018 (série sem ajuste), o recuo do volume de serviços no Brasil (-0,7%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com Rio de Janeiro (-5,8%), com dois dos cinco setores pesquisados mostrando recuo no volume de serviços: informação e comunicação (-16,0%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-3,0%). Vale citar ainda os recuos vindos do Paraná (-5,0%) e de Mato Grosso (-13,1%). Por outro lado, a contribuição positiva mais importante veio de São Paulo (2,3%), que teve crescimento em duas das cinco atividades investigadas, com destaque absoluto para os ganhos dos serviços de informação e comunicação (11,4%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (0,6%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 10 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,0%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,8%) registrou a influência negativa mais relevante, seguido por Paraná (-3,3%) e Mato Grosso (-6,5%).
Fonte: IBGE/Agência de Notícias, 13/06/2019