“Um ano para celebrar”. Foi assim que o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, iniciou a última coletiva de 2024 para divulgação de balanço do setor. “Muitas vezes somos duros em algumas críticas, mas chegamos ao final com motivos para comemorar”, enfatizou ao revelar que o mercado interno registrou o maior aumento desde 2007.
O destaque deste ano, na verdade, foi o segundo semestre, com alta de 32% no número de emplacamentos em relação aos primeiros seis meses do ano. E a média diária de vendas veio num crescendo, praticamente dobrando entre janeiro e dezembro, de 7,3 mil unidades para 13,9 mil.
O número deste mês ainda é uma projeção e se confirmado vai representar crescimento de 4,5% sobre a média de novembro, que foi de 13,3 mil unidades, a maior dos últimos 10 anos.
“Dezembro estamos com média alta e sabemos que vai crescer”, comentou Lima Leite, revelando que também o semestre atual foi o melhor dos últimos 10 anos.
A projeção da Anfavea para este último mês do ano é de 277 mil emplacamentos, o que representará expansão de 9,5% sobre os 253 mil licenciamentos de novembro, considerando carros, comerciais leves, caminhões e ônibus,
A prova de um mercado em alta é a queda dos estoques de 262,8 mil unidades em outubro para 251 mil em novembro, equivalentes a, respectivamente, 31 e 30 dias de produção. “E este mês a tendência é de continuidade na queda, visto que a demanda cresce e as montadoras entram em férias coletivas no período de festas”, previu o presidente da Anfavea.
O executivo ressaltou que os estoques oficiais da rede de concessionárias brasileiras não contemplam 70 mil unidades que carros eletrificados vindos da China e que ainda não foram emplacados.
Nesse contexto, ele lembrou que a participação dos não fabricantes no total de veículos importados subiu de 14% no ano passado para 28%.
Até novembro, foram importados 413.894 veículos, alta de 34,8% sobre os 307.149 do mesmo período do ano passado. Esse crescimento, segundo Lima Leite, foi puxado por veículos vindos de fora do Mercosul, sobretudo da China:
“A participação de 17,4% dos importados nos emplacamentos é a maior dos últimos 10 anos, sendo que 1/3 foi trazido por empresas que não produzem na região”, informou.
AutoIndústria, 12/12/2024