No fim de 2018 a Toyota concluiu um ciclo importante e inédito no Brasil: o InoveMob, desafio lançado no começo do ano passado para engajar startups brasileiras no desenvolvimento de projetos de mobilidade. O programa foi feito pela Toyota Mobility Foundation, organização global que tem o propósito de desenvolver formas mais criativas e eficientes de transportar pessoas.
O programa teve várias etapas. As cinco finalistas receberam aporte de US$ 20 mil da montadora para desenvolver suas iniciativas. A empresa vencedora foi a Bynd, que criou aplicativo para que funcionários que trabalham na mesma empresa compartilhem caronas. Como prêmio, a startup saiu do programa de aceleração com R$ 400 mil para reinvestir e escalar o negócio.
Além do aporte realizado na Bynd, a campeã, na etapa final o programa aplicou US$ 20 mil na Bikxi, serviço de carona compartilhada em bicicletas elétricas, com a Nina, aplicativo que reúne denúncias de casos de assédio no transporte público, OnBoard Mobility, meio de pagamento para o transporte urbano e, enfim, a Carona a Pé, projeto focado em comunidades escolares para estimular que estudantes caminhem em grupos de casa até a escola.
INOVAÇÃO ALÉM DO AUTOMÓVEL
As iniciativas da Toyota Mobility Foundation começaram no Japão. Sugahara diz que a experiência do InoveMob no Brasil mostrou que não há fórmula única para inovar na área da mobilidade. “Não existe apenas uma resposta certa. Vemos os mais variados projetos ao redor do mundo, soluções focadas em diversos públicos e desafios. Com o InoveMob fomos buscar na sociedade ideias para a mobilidade urbana.” Ele complementa: “Percebemos que o carro faz parte da solução, mas que não é a resposta completa e nem deve ser o objetivo final.”
Segundo ele, a visão da Toyota é que o futuro da mobilidade será feito a partir do uso de recursos de formas mais criativas, inovadoras. “Quando pensamos em um lugar onde há demanda por deslocamentos, mas dificuldade para encontrar estacionamento, o desafio não é entregar mais veículos, mas criar uma forma de uso mais racional do carro”, exemplifica.
Fonte: Automotive Business, 10/01/2019