Desordem dentro e fora do Maracanã, falta de estacionamento e insegurança são as principais falhas do estádio que será palco das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Pan-Americanos do Rio, daqui a 74 dias.
Além desses três pontos básicos, o primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Botafogo, ontem, também deixou claro que, para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 e ainda receber a abertura e a final do Mundial, o Maracanã vai ter que passar por mais uma reforma e receber um choque de ordem.
Dessa vez, não houve invasão de campo por parte dos torcedores mais exaltados, mas, em compensação, quatro sinalizadores foram atirados no gramado por uma torcida organizada do Flamengo, logo depois que o meia Renato, de pênalti, marcou o primeiro gol dos rubro-negros.Os sinalizadores lançados deixaram o campo enfumaçado e ainda revoltaram parte da torcida, que se levantou pedindo que os vândalos se acalmassem.
"Eles entraram com dez rojões. O presidente acabou preso e todo o material da torcida foi apreendido. Eles foram autuados - disse o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em estádio (Gepe), major Marcelo Pessoa.
Segundo a PM, a torcida organizada responsável pelo incidente ficará fora do segundo jogo da final do Campeonato Carioca, no domingo. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) ainda registrou oito ocorrências - sete de explosivos e uma detenção de cambistas, mas sem flagrante.
Outro problema foi a falta de estacionamento. Dentro do estádio, são apenas 410 vagas, a R$ 5. Só neste jogo, foi contabilizado 46.422 pagantes. A conseqüência é a desordem nos arredores. Na Radial Oeste, flanelinhas organizavam filas de carro ao lado das calçadas e ainda fizeram uma fila tripla no canteiro central da avenida.
As imediações começaram a ficar congestionadas duas horas antes do jogo. Domingo haverá outro teste, provavelmente com um público ainda maior.
Fonte: Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), 30 de abril de 2007