O Itaú promoveu, dia 13, um encontro sobre o impacto do uso cotidiano da bicicleta na mobilidade urbana. Segundo dados do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o número de usuários que utilizam bicicletas públicas em São Paulo nos dias úteis aumentou 16% no intervalo de um ano.
O projeto Bike Sampa, segundo Luciana Nicola, superintendente de relações governamentais e institucionais do Itaú Unibanco, foi desenvolvido como uma forma de investir na mobilidade no Brasil. "Estava claro que só estimular o acesso a bicicleta pelo bike-sharing, que é o gerador da demanda, não era o suficiente. Deveríamos então influenciar o poder público em outras frentes e a sociedade como um todo", explica.
Com a disseminação do projeto, o número de usuários do serviço em dias úteis aumentou de 7.309 para 9.215, 16%, em um ano. Atualmente, o Bike Sampa possui 260 estações espalhadas pela cidade com 2.600 bicicletas públicas e, apesar disso, a cidade sofre com o problema de concentração desses postos em áreas centrais, assim como ocorre em outras metrópoles, como Londres, na Inglaterra, e Barcelona, na Espanha. Apesar da resistente rejeição entre adeptos de outros modais, medidas de conscientização são realizadas, principalmente com motoristas.
Vítimas do trânsito
Ligados diretamente à mobilidade, os acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte no mundo. Segundo o estudo sobre cidades sustentáveis da WRI Brasil, cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem anualmente no trânsito, 90% destas mortes ocorrem em países de média e baixa renda. Na Austrália, no início de 2000, o limite de velocidade em vias urbanas foi reduzido de 60 para50 km/h, resultando, após 10 anos, na diminuição de mortes no trânsito em 40%. A cidade de São Paulo também reduziu, em 20 de julho de 2015, o limite de velocidade em pistas locais para50 km/he registrou queda de 21% no total de mortes oriundas de acidentes de trânsito no primeiro semestre deste ano em comparação com o ano passado.
Fonte: DCI - 14/09/2016