Neste momento, com as eleições municipais já batendo às portas e o final do ano chegando dentro de alguns meses, tudo indica que a Urbes - Trânsito e Transportes não terá tempo hábil para providenciar a reorganização da Zona Azul na área central da cidade. Mais um ano está passando e nada de novo deverá acontecer com relação a essa questão. É lamentável que nenhuma proposta consistente venha a ser colocada em prática ainda neste ano.
Sabe-se que há alguns anos a administração municipal chegou a cogitar a implantação do sistema de parquímetros como uma das formas para se buscar uma solução para o problema. Só que a proposta acabou não evoluindo e ficou estacionada na Urbes, enquanto a Zona Azul, sempre desvirtuada, permaneceu sendo "tocada" por um número incontável de "olheiros" que nunca deixaram de causar transtornos aos motoristas. E, como não poderia deixar de ser, está cada vez mais difícil hoje em dia encontrar uma vaga para estacionar em ruas da região central.
Apesar de todas as reclamações que surgem, ninguém resolve coisa alguma. Não há como negar que este é um problema real e existe há muito tempo, precisando o quanto antes de uma solução adequada que corresponda às expectativas da população. Quem trafega pelo Centro no horário comercial e precisa estacionar perde um tempo precioso e gasta combustível que poderia economizar se houvesse um pouco mais de bom senso e racionalidade por parte do órgão que disciplina o sistema de trânsito.
Diante dessa realidade, todos são obrigados a optar pelos estacionamentos particulares, o que acaba gerando um gasto extra e prejuízos para muita gente. Basta atentar como se multiplicaram os estacionamentos no perímetro central. Considerando-se que os motoristas estão se tornando cada vez mais neuróticos e perdendo a paciência quando precisam estacionar por alguns minutos na região central, seria interessante que a Urbes não continuasse a prorrogar por tempo indeterminado a reorganização da Zona Azul. Do jeito que as coisas estão hoje, as vagas praticamente não existem, já que elas se tornaram uma espécie de propriedade particular de comerciantes e empresários nela estabelecidos, sem se falar dos motoristas que deixam os carros estacionados no mesmo lugar o tempo que bem entendem, até porque a fiscalização não existe. O que se espera é que as promessas que todos os anos são feitas não continuem a se eternizar no tempo e no espaço, atrapalhando a vida dos motoristas.
Fonte: Diário de Sorocaba - Sorocaba - 07/05/2016