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Uma visão otimista para a economia e os estacionamentos

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Por Jorge Hori* - Semana passada descrevemos um cenário, que pode ser considerado pessimista, com o presidente da República, quem quer que seja, refém do Centrão, na Câmara dos Deputados.

Embora o Centrão siga muito forte, vai se formar um bloco ainda mais forte, para o qual irão migrar muitos dos deputados desse grupo: o "Direitão", comandado pelos líderes do PSL. Em contrapartida, haverá o enfraquecimento dos partidos programáticos, de esquerda e centro-esquerda.

Um cenário confirmando a vantagem de Bolsonaro significará: uma base aliada e a vitória do "mercado".

A base aliada poderá não ser formalizada, mas será formada pelos partidários e por aqueles que não vão querer se indispor com o novo governo, eleito com forte base da opinião publicada.

Com esse apoio, Paulo Guedes, o novo Ministro da Economia, nesse cenário, terá as condições políticas para conseguir aprovar no Congresso as reformas econômicas e outras que forem consideradas essenciais para restabelecer o equilíbrio fiscal.

A força do novo governo, dentro do Congresso, fará com que o mercado se anime, e os empresários voltem a produzir e investir. Uma onda de otimismo fará com que haja maior demanda por parte dos consumidores, em parte mediante financiamentos. Aos bancos interessará negociar a consolidação das dívidas, ainda que com abatimentos, para restabelecer o crédito dos consumidores.

O sistema financeiro irá se reestruturar para trabalhar com juros menores, na ponta dos tomadores. O aumento do consumo familiar estimulará a produção, criando um círculo virtuoso. O risco está na geração da inflação, mas, com a relativa abertura da economia, as importações contribuirão para conter o risco da inflação.

Para que não haja o estrangulamento da oferta, provocando a inflação de preços, o Brasil precisará continuar exportando as suas commodities em larga escala.

O fortalecimento da bancada ruralista irá garantir o apoio governamental àquelas, ainda que em detrimento do meio ambiente.

O mercado promoverá a expansão da produção automobilística, com aumento da frota de veículos, nas cidades, gerando piora na mobilidade urbana.

Os estacionamentos voltarão a ter uma grande demanda, mas com o risco da adoção de novas medidas governamentais para conter o eventual colapso na mobilidade urbana, nas grandes cidades.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.

 


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